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Dia do Professor de Educação
Física é 15 de Outubro!
Em época de realização de copa do mundo e olim-píada
vivemos a euforia dos capitalistas pelo lucro
destes megaeventos, e dos seus prepostos no setor da
indústria esportiva, uma das mais lucrativas do mun-do.
Seus “testas de ferro” são os membros do Conse-lho
Federal de Educação Física, apadrinhados pelas
grandes corporações nacionais e multinacionais, pelo
sistema desportivo nacional (COB), grandes clubes,
empresários de academias, de faculdades privadas e
por governos municipais e estaduais.
Foi este grupo conservador que se submeteu ao trá-fico
de influência no Congresso Nacional para apro-var,
no dia 1º de setembro de 1998, a lei 9696/98,
com apenas seis artigos, que “regulamenta” a profis-são
de educação física e cria o sistema Confef/Cref´s.
Forjaram, a partir daí, o dia nacional do que eles cha-mam
de “profissional” de educação física, como pro-paganda
institucional de um projeto que tenta desqua-lificar
este professor enquanto um segmento dos tra-balhadores
da educação.
Desde então os professores de educação física têm
sido alvo das ações oportunistas daqueles que se apre-sentam
como seus “defensores”, encastelados na es-trutura
do sistema Confef/Cref´s, usando a educa-ção
física brasileira como moeda de troca junto a
aparelhos do Estado para satisfazerem seus interes-ses
corporativistas (seguindo os moldes da OAB,
CRM, CREA etc.). O sistema Confef/Cref´s utiliza
“fiscais” (escoltados pela polícia) para exercer a co-erção
sobre os muitos professores que atuam em es-colas,
clubes, academias etc., ameaçando de prisão
(mesmo em se tratando de trabalhadores graduados,
regulamentados pelo MEC) quem não possui filia-ção
a este conselho profissional.
A este respeito já existem inúmeros pareceres jurí-dicos
que estudaram a questão da docência no siste-ma
regular de ensino. Os mesmos são unânimes quanto
a não obrigação de registro de professores para a prá-tica
docente. No ano de 2002, o Parecer do Conselho
Nacional de Educação (Parecer CNE/CES 0135/02)
ratificou, em consulta do próprio Confef, que “O exer-cício
da docência (regido pelo sistema de leis de di-retrizes
e bases da Educação Nacional) não se con-funde
com o exercício profissional”.
Desde o início do processo em defesa da regula-
mentação da profissão seus representantes, atuais di-retores
do Confef e dos vários Cref´s, não se intimi-daram
ao propagarem um discurso que minimizava a
educação física à mera prática mercantil, lhe impon-do
um caráter apenas esportivo, voltado à saúde e sem
dar destaque ao caráter educacional e da formação
humana contida neste campo de conhecimento. Na
busca por maior número de adeptos, construíram a
falácia de que a regulamentação viria apenas para o
campo não-escolar, ou seja, aqueles ligados à área
do fitness em geral. Alegavam que, pelo fato do
campo escolar já possuir sua própria regulamenta-ção
emitida pelo MEC, não haveria motivos para
um controle específico.
No entanto, ao perceberem que não conseguiriam
montar os rendosos aparelhos dos vários Cref´s sem a
inscrição dos professores da escola, deram o golpe na
categoria. Mais uma vez submetidos ao tráfico de in-fluência,
induziram governos municipais e estaduais a
exigir em seus em editais de seleção pública, registro
profissional para a posse do cargo. Além disso, passa-ram
a exercer seu poder junto a inúmeros cursos de
graduação em educação física, intervindo na formação
dos futuros trabalhadores que se encontram submeti-dos
a um modelo de educação fragmentada, voltada ao
atendimento do mercado, secundarizando as questões
pedagógicas e da formação humana.
Num país cujas redes públicas de saúde e de edu-cação
encontram-se há muito destruídas e os serviços
essenciais foram privatizados para remunerar o capi-tal
através, principalmente, da majoração das tarifas
públicas de utilização e da corrupção, a mentira e a
alienação formam o eixo organizador da consciência.
Não permitiremos que o professor de educação físi-ca
seja utilizado pelos governantes e seus prepostos
como pivô da alienação e da mentira. A cultura cor-poral
é patrimônio da humanidade e não deixare-mos
que se submeta à lógica do capital, da fragmen-tação
das relações humanas e de trabalho. O esporte
contemporâneo é apenas parte desta cultura, que tem
na dança, nas lutas, nos jogos, na recreação, os con-teúdos
essenciais para a formação humana. Organi-zaremos
a luta contra todos que desejarem fragmen-tar
a educação tentando retirar a educação física da
área das ciências humanas e sociais.
1º de setembro é mercadoria da indústria esportiva
SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO
FUNDADO EM 16 DE JULHO DE 1977
RUA EVARISTO DA VEIGA, 55, 7 o /8 o ANDARES - CENTRO - RIO DE JANEIRO/RJ - CEP 20031-040
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CORPOREIDADE: A DIVERSIDADE DOS SABERES SOBRE O CORPO
A corporeidade e o conhecimento são elementos da educação física que se reivindica histórico social e culturalmente constituída. As relações edificadas com outras disciplinas produzem dimensões diversas no âmbito da cultura corporal.
Nossos corpos, como aparelhos culturais com atitudes de ser e estar no mundo, possuem desta forma corporeidade, na medida em que se expressam e se relacionam como produto e produtor de cultura, através das práticas corporais esportivas, de jogos, de lazer, de defesa pessoal, de dança e artísticas.
A apreensão destes significados corporais provoca uma manifestação de nossas experiências sociais e históricas, gerando processos de construção de conhecimentos singulares e plurais que vão além da dicotomia corpo/mente.
A consciência corporal deve se apropriar das subjetividades presentes no cotidiano dos espaços comunitários, desenvolvendo com isso uma linguagem pertinente ás suas intenções de diálogo com manifestações de outros saberes.
Neste sentido identifica-se que a linguagem corporal é interpretada em várias obras literárias, inclusive na carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal. Mas é na obra dos modernistas que ela se manifesta da forma mais legitimadora e se legitima num movimento interativo com as outras formas de expressão.
O Manifesto Antropófago, escrito por Oswald de Andrade (1928), homenageado na 9ª Festa Literária Internacional de Paraty 2011, propôs uma identidade cultural brasileira depois de séculos de colonialismo, confirmando a intenção de “devorar” outras tantas culturas e experiências artísticas para se fortalecer.
A tela Abaporu, de Tarsila do Amaral, símbolo da antropofagia, onde a artista valoriza o trabalho braçal em contra- ponto a meditação soberba do pensador de Auguste Rodin, inspirou Oswald a escreve o manifesto.
A contribuição do hipertexto para a educação física e o seu objeto de estudo , como vimos , é uma estratégia de abordar o seu conteúdo aos pontos de encontros com a diversidade de interesses e significados.
Erro de Português
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio Teria despido
O Português.
(OSWALD DE ANDRADE)