quinta-feira, 4 de junho de 2009

Metodologia de Ensino

Ensino à distância pode ajudar atletas a conciliar treinamentos e estudoPublicada em 15/09/2008 às 21h59mMarta Reis - O Globo Online
RIO - Se a rotina de treinamento e competições de um atleta de altorendimento no Brasil dificilmente permite que ele se dedique também àsaulas da faculdade, uma solução, segundo especialistas e os própriosatletas, pode estar num esquema integrado entre a educação presenciale à distância. De acordo com o jogador de handebol da UniversidadeMetodista de São Paulo Diogo Hübner, a instituição está começando ainvestir num sistema que permite que os atletas assistam parte dasaulas pelo computador, principalmente quando estão viajando paracompetir.
- É uma ótima saída. Como é muito difícil se manter do esporte nopaís, principalmente em modalidades de pouca visibilidade como ohandebol, o atleta precisa investir na sua formação intelectual parater de onde tirar o ganha pão depois - afirma Hübner de 25 anos, quese formou em Educação Física pela Metodista e pretende fazer uma pósem treinamento desportivo, assim que se aposentar das quadras.O bicampeão pan-americano nos 200 metros costas - em Havana, 91, e emSanto Domingo, 2003 - , Rogério Romero, compartilha da mesma opinião.O nadador foi um dos muitos atletas que precisou abandonar a faculdadepara focar nos treinamentos:
- Não estava conseguindo fazer bem nem uma coisa, nem a outra. Ficavamuito tempo fora e acabava perdendo muitas aulas. Na minha época, oensino à distância não era tão popular. Mas para funcionar é precisoque as universidades invistam na idéia - ressalta o ex-atleta, queparticipou de cinco edições das Olimpíadas.
De acordo com a chefe do Departamento de Estudos do Lazer da Faculdadede Educação Física da Unicamp, Heloísa Reis, o ensino à distância podeajudar a encurtar o tempo de conclusão do curso superior, que costumaser acima da média no caso dos atletas.- Qualquer iniciativa que invista na educação deles é importante. Oque não pode acontecer de jeito nenhum é a produção de jogadoresburros e semi-analfabetos, como no futebol. Neste caso, há um totaldesinteresse dos dirigentes para que os atletas estudem. Afinal,quanto menos sabem, mais facilmente podem ser manipulados pelosempresários e cartolas -critica a professora.

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