sexta-feira, 8 de setembro de 2017

CORPOREIDADE: A DIVERSIDADE DOS SABERES SOBRE O CORPO
corporeidade e o conhecimento são elementos da educação física que se reivindica histórico social e culturalmente constituída. As relações edificadas com outras disciplinas produzem dimensões diversas no âmbito da cultura corporal.
Nossos corpos, como aparelhos culturais com atitudes de ser e estar no mundo, possuem desta forma corporeidade, na medida em que se expressam e se relacionam como produto e produtor de cultura, através das práticas corporais esportivas, de jogos, de lazer, de defesa pessoal, de dança e artísticas.
A apreensão destes significados corporais provoca uma manifestação de nossas experiências sociais e históricas, gerando processos de construção de conhecimentos singulares e plurais que vão além da dicotomia corpo/mente.
A consciência corporal deve se apropriar das subjetividades presentes no cotidiano dos espaços comunitários, desenvolvendo com isso uma linguagem pertinente ás suas intenções de diálogo com manifestações de outros saberes.
Neste sentido identifica-se que a linguagem corporal é interpretada em várias obras literárias, inclusive na carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei de Portugal. Mas é na obra dos modernistas que ela se manifesta da forma mais legitimadora e se legitima num movimento interativo com as outras formas de expressão.
O Manifesto Antropófago, escrito por Oswald de Andrade (1928), homenageado na 9ª Festa Literária Internacional de Paraty 2011, propôs uma identidade cultural brasileira depois de séculos de colonialismo, confirmando a intenção de “devorar” outras tantas culturas e experiências artísticas para se fortalecer.
A tela Abaporu, de Tarsila do Amaral, símbolo da antropofagia, onde a artista valoriza o trabalho braçal em contra- ponto a meditação soberba do pensador de Auguste Rodin, inspirou Oswald a escreve o manifesto.
A contribuição do hipertexto para a educação física e o seu objeto de estudo , como vimos , é uma estratégia de abordar o seu conteúdo aos pontos de encontros com a diversidade de interesses e significados.
Erro de Português
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio Teria despido
Português.
(OSWALD DE ANDRADE)

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